A Produção Assistida (Sistema Próprio) atualmente é formada por 10 membros que trabalham juntos. São eles Alexandre Medrado, Henrique Carvalho, Marcelo Felix, João Armando, Everton Casado, Karina Gonzales, Chiquinho, Douglas Nardi, Diego Leal e João Paulo. Da suntuosidade da lendária Kansas as peripécias em uma indústria vital, os contos da Produção Assistida mudará para sempre a vida destes grandes amigos ou talvez, grandes pederastas.
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sábado, 6 de novembro de 2010
05 - A Jornada do Puro Osso - Parte 03
No Kansas, as coisas não eram tão fáceis. Desde que Alhana era uma pequenina bolinha de gordura trans, já recebia desafios de sua família, tradicional na arte de amassar, esmagar e imprensar as pessoas que não superavam seus limites. Alhana cresceu neste ritmo. Entendia que para confiar nas pessoas ao seu redor, deveria exigir o mais alto grau de risco... Esperava que se saíssem bem no chamado: “ARRASA CORPO HUMANO”, teste desenvolvido por ela que, nenhum de seus conhecidos conseguira ultrapassar a linha de chegada.
Muitas pessoas se afastavam de Alhana para não serem intimidadas a participarem deste teste. Um ex pretendente a enamorado, durante a tentativa de suportar tal exigência, se viu descontrolado e, pelas forças atuantes do Universo, desenvolveu um holograma em forma de MOTO HAMER (um tipo de moto baseada no Jipe Hamer, utilizado para passar em cima de qualquer coisa, exceto de Alhana que possui força descomunal) e assim foi atropelado na frente de uma praça em que aposentados Kanseanos, descansavam e jogavam tranquilamente seu jogo preferido, o KANSAS DOMINÓ.
Este mau aventurado garoto, devido a sua perturbação em não ter alcançado o êxito em sua única oportunidade de ganhar o amor de Alhana, foi atropelado por sua própria ilusão...foi força do pensamento de Alhana, aniquilando-o para que não cruzasse mais o seu caminho. Mas Alhana entendia que alguns de seus conhecidos, talvez não suportassem tamanho esforço e, no caso de suas fiéis escudeiras, Bruma Vermelha e Caminininha do Val, não exigiu a execução do desafio. Era importante que conseguisse manter algumas pessoas ao seu lado, mesmo que desconfiasse de seus atributos de guerrilha.
Alhana não sabia, mas as duas parceiras mantinham segredos ainda mais interessantes do que sua imaginação poderia criar. Bruma Vermelha era uma rápida enfeitiçadora de SAPOS CABELUDOS DOS KANSAS, uma espécie mortal que fizera inúmeras vítimas. Caminininha do Val, com sua voz grave e sua risada afiada, eliminava seus ofensores com um só bocejar.
Elas ainda não sabiam, mas o encontro das três não foi por acaso. Possuem uma grande missão que mencionaremos adiante.
Pois bem, voltando a última cena de nosso segundo capítulo, João Puro Osso Paulo fora desafiado e para conseguir continuar sua jornada em busca do glúteo perdido, deveria passar por Alhana e seu desafio mortal. Ele não sabia, mas também estava escalado através do Cosmos para fazer parte da turma de Alhana, e suas comparsas. Nem elas ainda sabiam que formavam um grupo tão importante para o Kansas, afinal mantinham seus poderes em segredo, com medo que alguma delas tivesse algum preconceito e ocorresse a separação desta turminha tão batuta, já formada.
Na frente do museu Kansas, na hora marcada e com a pressa da busca de seus glúteos estampada na testa, João Puro Osso Paulo, estava aflito. Além de se preocupar com a procura de Tamires de La Buenda, com os ventos fortes anunciados em sua rádio favorita e com a possível tempestade que derreteria sua mochila de estimação, feita de papel higiênico reciclável, não parava de pensar sobre o que enfrentaria para satisfazer Alhana. Pensou desistir, mas alguma força inexplicável o conduzia a vontade de passar pelo teste.
Alhana que havia ido com ele até a frente do museu, a esta altura estava a procura de suas partner’s, que não chegaram no horário marcado. Nem imaginara que João Puro Osso Paulo estava pensando em desistir, mas se mantinha firme por uma força jamais sentida por ele...pensamentos estranhos também começaram a rondar a mente de Alhana. Ela pensava: “Será que não estou cometendo um erro? Será que devo ter a mesma postura que tive com minhas amigas Bruma e Caminininha, desconsiderando o teste? “. E uma força também atuava em Alhana...ela não conseguia explicar, mas sabia que teria um caminho a trilhar junto a estes três companheiros. De repente encontrou suas parceiras, e ambas relataram a presença desta força atuante, Alhana resolveu se abrir e também relatou o que pensará...ela disse veementemente como se tivesse tido um insight grandioso: “Nós temos uma missão. É claro!”.
Juntas correram ao encontro de João Puro Osso Paulo e desabafaram o que estavam guardando há muito. Falaram de seus poderes e João também se sentiu a vontade para contar suas peripécias. Desde bebê, quando mal era enxergado por sua mãe, que o chamava carinhosamente de “fiozinho”, João usava seu perfil para se esconder nos momentos de reclusão. Era só se virar de lado para se tornar invisível. Muitos físicos já o haviam estudado, afinal João Puro Osso Paulo derrubou algumas “leis de ferro” como, por exemplo, que dois corpos não ocupam o mesmo lugar, pois sendo um dos corpos o de nosso herói, o outro ocupa o mesmo lugar confortavelmente sem algum desgaste a nenhum dos corpos.
Por um momento João Puro Osso Paulo entendeu que talvez sua preocupação com os glúteos não fosse mais cabível, entendendo que a união de seu poder ao das meninas teria grande valia na perseguição da missão descoberta por Alhana. Neste momento também se deu conta que seu amor pela mulher de bigodes, tão formosa em sua pelagem, fosse uma armadilha do destino, tentando desviá-lo de sua real missão.
Tudo começou a fazer sentido. Diego Desleal também utilizava códigos as vezes, mas JPOP, João Puro Osso Paulo, não os entendia. A rádio Kansas, preferida de João Puro Osso Paulo, dava dicas a ele, mas estas foram só percebidas quando mais um personagem apareceu nesta saga... Chico Pé de Poste, ou, como conhecido pelo íntimos, Kilômetro Parado.
Chico Pé de Poste é uma pessoa misteriosa e sempre aparece acompanhado de uma mulher ruiva que responde pela alcunha de Ferrugem. O que eles trarão de novidades a nossa conhecida turma de heróis...
QUAL SERÁ O DESENROLAR DESTA SAGA, QUAL SERÁ A MISSÃO DESTA TURMA, QUAL SERÁ A REAL INTENSÃO DO UNIVERSO EM ESCOLHER ESTES TIPOS PARA A PROTEÇÃO DE KANSAS?
AGUARDEM AS CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS!!!
04 - A Jornada do Puro Osso - Parte 02
Durante boa parte de sua vida João Paulo nunca se importou do fato de ser uma pessoa de nível esquelético acima do permitido, porém, isso passou a ser um fardo desde que a mulher de bigodes, no qual se apaixonou, dissera em alto e bom som: “Ficar com você? Bah!?! Eu gosto de glúteos, meu camarada! Venha até mim quando tiveres algo palpável”.
Apesar de toda a tristeza de ter levado um fora sem precedentes do amor de sua vida, o rapaz de pouca carne e muitos ossos passou a ter esperanças quando o seu amigo, Diego Leal, lhe dissera que uma pessoa chamada Tamires de la Buenda poderia o ajudar a conseguir a bunda que tanto queria.
Acordou bem cedo, pegou a sua mochila 100% fabricada de papel higiênico e colocou o endereço da Tamires e outros utensílios que poderiam ajudar em sua jornada como um lubrificador de fêmur, pinos para ossos, pente fino para limpeza da caixa torácica e muitas bolachas com cálcio na fórmula. Em seguida, foi ao banheiro escovar os dentes e ligou o seu rádio, que logo começou a transmissão:
- Bom dia queridos ouvintes! Será que todos estão bem treinados? Então vamos lá! Seria “K” de Kilo? Perguntava o locutor.
O Puro Osso, mesmo escovando os dentes, disse altivamente:
- Nãooooooooo!
- Então seria K de “Kilômetro Parado”?
- Nãooooooooo!
- Então o que seria meus queridos ouvintes?
- Seria “K” de Kansas! Disse o esqueleto cuspindo pasta em todo o espelho.
- Isso mesmo! “K” de Kansas, por que a Rádio Kansas FM está sempre perto de você!
João Paulo abriu e fechou a mandíbula de forma fantasmagórica, mas isso era uma forma de demonstrar que estava sorrindo. Adorava as aberturas da rádio Kansas FM.
- Hoje será um dia de temperatura agradável, mas peço atenção para as fortes ventanias que poderá ocorrer no período da manhã e tarde. SEGUREM as roupas dos filhotes no varal minhas queridas ouvintes! Agora fiquem com a música: “Se a remessa não chega, manda um sinal” do grupo Pixote.
João Paulo desligou o rádio, a notícia de que poderia haver ventanias durante o dia não era nada boa, afinal, devido sua magreza, era alvo constante destes eventos da natureza e já perdeu a conta de quantas vezes foi levado para outros distritos, ou até países, em virtude de fortes ventos. Mesmo assim, não estava disposto a esperar nem um dia a mais para se encontrar com a moça que o ajudaria a ter glúteos. Pegou a mochila já com todos os utensílios dentro e abriu a porta, até que deu de cara com algo que mais parecia um pesadelo.
- Bom diaaaaaa, Magrelo! Disse uma voz balofa e feminina.
- Alh... Alh... Alha... Alhana?!? Disse João Paulo em pânico.
Alhana era uma moça simpática e falante, porém ela era campeã em aparecer em momentos inesperados. Exista até relatos de pessoas que ela nem conhecia que viam o seu rosto no espelho fazendo biquinho de peixinho, logo pela manhã, dizendo: “Glu Glu”, o que aumentava a procura da população de Kansas por curandeiros habilidosos em eliminar encostos e espíritos zombeteiros.
- Como você é chato, Magrelo! Não vai me convidar para entrar?
Mesmo sem a permissão do dono da casa, a moça logo adentrou, abriu a geladeira, retirou uma melancia de 80 quilos e começou a degustar como um leão faminto.
- Alhana, olha não me leve a mal, mas eu preciso sair agora. Tenho algo muito impor...
A moça falante, que já havia devorado a melancia foi logo dizendo:
- Magrelo deixa eu te contar um babado! Agora estou ganhando um dinheirinho extra todo mês vendendo 240 quilos da minha leve gordurinha do abdômen semanalmente para o bar do Tonho. Parece que a minha carne está fazendo um sucesso enorme lá. Não é demais?
Para não aumentar o ego da amiga, o osso revestido de pele decidiu não contar que no dia anterior havia comido um suculento “Alhana com sucrilhos mergulhado no leite Tipo J”. Alhana definitivamente era o seu oposto, o que ela tinha de muito ele tinha de nada. João Paulo a imaginava como um delicioso pavê de domingo que era preparado com camada em cima de camada, só que no caso dela, era banha em cima de banha. Já a Alhana o imaginava como um apetitoso osso buco de quinta feira cozido com batata e cenoura.
- O que eu tenho que fazer para você me deixar ir? Disse o puro osso em tom de desespero.
- Vamos comigo até o parque de frente ao Museu de Kansas. Hoje é dia do “Desafio da Alhana”. Posso pensar no caso em te deixar ir caso vença. A Bruna e a Camila nos esperam lá.
O QUE SERÁ ESTE “DESAFIO DA ALHANA”? E O QUE ACONTECERÁ COM A JORNADA DO NOSSO HERÓI? CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.
domingo, 15 de agosto de 2010
A verdadeira foto do Sistema Próprio
03 - A Jornada do Puro Osso - Parte 01
Já era evidente para todos que transitavam pela região a aparência abatida de Diego Leal. Para ele, a pontualidade é algo indispensável para qualquer amizade e já estava cansado de esperar um amigo, já por duas horas, na calçada de um bar, na cidade de Kansas.
- Aceita um ovo cozido, camarada? Disse Tonho, o dono do bar.
- Aceito!!!
Aceitar este condimento era uma forma de poder extravasar a sua fúria enchendo o local de gás metano e tudo o que um peido bem distribuído poderia oferecer. À medida que o fedor de abutre defumado ia subindo, uma voz desconhecida disse calmamente:
- Que fedor! Diego? É vc?
Ao localizar a direção da misteriosa voz, Diego constatou que vinha de um poste do lado esquerdo a do estabelecimento, entretanto, a olho nu, não via ninguém ali.
- Vem até aqui, pederasta. Estou neste poste te esperando.
Ao se aproximar, percebeu que o colega estava de perfil encostado no poste o tempo inteiro, porém devido à alta magreza do rapaz, perfil é a mesma coisa que invisível para ele.
- João Paulo!!! Seu!... Seu!... Seu!... Bobo! Resmungou Diego Leal em fúria.
- Vamos entrar e pedir alguma iguaria, preciso muito falar contigo.
João Paulo era um rapaz de aparência incrivelmente esquelética e seu corpo lembrava mais uma régua escolar do qualquer outra coisa. Não existiam músculos, glúteos ou nervos no amigo, era osso coberto de pele e poros.
- Que tal pedirmos algo de muita "sustança"? Sugeriu Diego Leal ao se dar conta que acabara de se encontrar com aquele velho esqueleto dos desenhos animados de outrora.
- Estou mesmo precisando. Hey, Tonho! Queremos um prato de muita "sustança".
O dono do bar veio prestativamente na mesa dos rapazes e logo foi lendo o cardápio da página seis, de título: "Delícias Saturadas".
- Temos alhana ao molho barbecue, alhana grelhada, alhana com sucrilhos mergulhado no leite Tipo J e o clássico alhana mal passada com maça na boca, ao molho de mostarda.
João Paulo e Diego se entreolharam e realmente pensaram se estavam fazendo um bom negócio ao pedir um prato tão ricamente calórico. Já havia casos no bar do Tonho de pessoas centenárias que haviam infartado fulminantemente após se deliciar com tal especiaria.
- Vamos com o habitual, mesmo. Dois alhana com sucrilhos mergulhado no leite Tipo J. Disse o rapaz de aparência ossuda.
Durante a espera de um dos pratos mais gordurosos que o mundo já conheceu, os dois amigos conversavam até que o puro osso decidiu ir ao assunto que, na realidade, era o motivo do encontro.
- Levei um fora ontem.
- De quem?
- Da moça de bigodes.
- Da moça de bigodes? Vc está falando da Ro.... Ro...
- Isso mesmo!!! Cortou João Paulo antes mesmo que o Leal completasse o nome da dita cuja.
- Ela disse que, homem que é homem, deve ter pelo menos uma região glútea para apalpar.
E de fato, o rapaz esquelético não tinha aquilo que todos chamavam de bunda. Olhando de frente, parecia que as pernas já eram grudadas nas costas. Diego Leal por muitas vezes imaginara de qual maneira o velho amigo fazia as suas necessidades diárias.
- Preciso que me recomende uma pessoa que me ajude a ganhar aquilo que já nasci sem. BUNDA! Que não seja o nosso amigo Nardi, por favor! Disse tristemente João Paulo ao lembrar-se do pegador colega de trabalho, que não perdoava o rego nem de um passarinho.
- Irmão, tu deves procurar a rainha de todas as bundas imediatamente. Anote este endereço e ao tocar a campainha, diga: "Tamires de la Buenda".
- Tamires?!?
SERÁ QUE O PURO OSSO CONSEGUIRÁ O QUE TANTO ALMEJA? CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Identidade Secreta
NOTICIA BOMBÁSTICA
Trago a vocês uma informação em primeira mão, praticamente capa da revista VIDA ALHEIA. Foi revelada a identidade secreta do garoto João Paulo, que também é conhecido como JP. Talvez isso possa explicar a sua abnegação pelo sexo oposto. Repare em seu jeito com “ar” de menina e com este olhar “43”...
Não preciso me adentra no assunto, por que uma imagem fala mais que mil palavras.
Esperamos que tome jeito de menino, REAGE NEM TUDO ESTÁ PERDIDO.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Bicho da Laranja
Isto é o que podemos dizer de relação cavalar entre uma pessoa e uma fruta.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Laser da Verdade
domingo, 8 de agosto de 2010
02 - João Armando Versus Henrique Jorgov
Abriu a porta e dentro da sala viu uma enorme mesa de reunião, do lado esquerdo, estava sentado Henrique Jorgov e ao fundo da mesa, sentado em uma cadeira majestosa e vermelha estava sentado alguém que só poderia ser o todo poderoso, o chefe de todos os chefes, o titã da organização.
Ao perceber a chegada de Armando, o chefe levantou-se e um estrondoso lampejo se fez ouvir vindo do lado de fora da empresa, iluminando todo o local. Realmente estava visitando as trevas.
- Atrasou vinte segundos. Disse o Deus Supremo.
João Armando congelou, um deslize, uma frase mal colocada e a sua cabeça poderia rolar ali mesmo, estava diante de um superior sem precedentes e o seu emprego estava em jogo.
- Me desculpe, Senhor. Isso não irá mais acontecer. Disse João aos prantos.
Ao perceber o nervosismo do colega de trabalho, Henrique Jorgov ardilosamente soltou um maldoso comentário:
- Não sabia que era permitido entrar em uma sala de reunião de pau duro. Disse Jorgov sorrindo. Estava na cara que queria ferrar o colega perante o chefe.
- O que significa isso, meu caro? Perguntou o Titã.
Mais um trovão ensurdecedor, o clima estava tenso.
- É que... É que... Quando eu fico muito nervoso, a minha “barraca” fica armada, por isso me chamo João Armando.
Aquele comentário definitivamente não pegou bem e João sabia disso, mas não havia saída e a sua vontade era de esganar o Jorgov.
- Não estou aqui para presenciar as suas armações, meu caro. Mais uma dessas e eu penduro você no topo de uma árvore para ser tostado pelos trovões. Bravejou o chefe.
Ao levar esta vergonhosa enrabada, Armando não deixou por menos e logo emendou:
- Não sabia que era permitido entrar em uma sala de reunião bêbado. Disse referindo-se a Henrique que esbugalhou os olhos.
- O que significa isso, meu caro? Perguntou o Titã.
- É que... É que... Devido à forte chuva lá fora, eu escorreguei em uma poça e caí de cara em um copo de cerveja, foi um acidente terrível. Justificou Jorgov.
Outro forte lampejo reinou no local, a chuva era intensa lá fora e parecia que acompanhava o clima cada vez mais tenso e diabólico da situação.
- PUTA QUE PARIU! Berrou o Deus das Trevas – Não estou aqui para aturar pessoas armadas e bêbadas. CHEGA CACETE!
Henrique Jorgov e João Armando ficaram pálidos e não mexeram um músculo sequer. A melhor coisa a fazer era ficarem calados.
O Titã fez um gesto com a mão para a porta de vidro e Everton Casado entrou na sala.
- O negócio é o seguinte, eu preciso de alguém para ocupar uma vaga de supervisão e vou escolher entre um de vocês dois para o cargo. Este rapaz que entrou agora é que definirá a minha escolha. Disse o chefe.
- Como assim? Perguntou João Armando que outra vez armou a sua arapuca. Ainda estava nervoso.
- De acordo com uma pesquisa que fizemos, as equipes com os melhores resultados são aquelas em que os analistas bebem o leite genético do próprio supervisor. Dizem que esta substância faz os trabalhadores ficaram mais felizes, mais ágeis, conseqüentemente rendendo mais para a organização. Preciso saber qual é o melhor leite, o leite Armando, o Tipo A, ou o leite Jorgov, o tipo J.
- E como vamos saber? Perguntou Jorgov espalhando bafo de cerveja por todo o ambiente.
- Muito simples! Vocês dois vão colocar os seus respectivos leites em cada recipiente como este.
O chefe tirou do bolso dois copos de 500 ml.
– Em seguida, Everton Casado irá beber cada copo e dar uma nota para a qualidade do líquido, o vencedor ocupará o cargo.
Uma forte gargalhada emendada com um trovão ecoou no local.
- Já ganhei. Disse Henrique gargalhando em tom de deboche.
João Armando desarmou a barraca, já não estava mais nervoso e o que reinava em si era a competição de vencer Pingov e calar a boca deste pederasta. Ambos foram para debaixo da mesa e utilizando as suas genitálias, extraíram o leite.
Everton Casado bebeu primeiro o leite do Henrique.
- Qual é a sua nota? Perguntou Deus.
Os olhos do Casado entraram nas órbitas e uma lágrima escorreu do seu olho direito.
- DELICIOSOOOOO, NOTA DEZ, NOTA MILLLL UHUUUUUU DELÍCIA! DELÍCIAAA! MUITO SABORRR!! DELÍCIAAA! QUERO MAIS!!!
Diante da excitação do Everton uma sensação de desânimo pairou em cima do rapaz da armação. Como iria vencer se Henrique já havia conseguido a nota máxima?
Everton Casado bebeu o leite do João Armando.
- Qual é a sua nota? Perguntou Deus.
Everton Casado não respondeu, estava paralisado.
- Qual é a sua NOTA? Repetiu a pergunta.
Casado começou a flutuar na frente dos três rapazes girando a sua enorme cabeça de jaca. Cada espinha da sua nuca, no qual apelidara de furiculite, começou a estourar na frente de todos espalhando pus por toda a sala. Seus olhos continuavam nas órbitas e agora havia lágrimas nos dois olhos. Tombou no chão como uma manga madura e tentou dizer algo, mais não saía nada.
- DIGA! DIGA! POR FAVOR, DIGA!!! Disse João em desespero.
- Minha nota é... é... é... Everton Casado desmaiou e mais nada disse.
- O que será que aconteceu? Perguntou Pingov.
De repente, a cabeça do Everton começou a inchar e a inchar em ritmo acelerado.
- Vamos SAIR DA SALA, a cabeça dele vai EXPLODIR!!! Gritou o grande Titã.
Os três saíram correndo da sala da cúpula do trovão, acionaram o alarme e todos os funcionários da empresa escaparam em desespero pela saída de emergência. Uma forte explosão foi ouvida a quilômetros de distância. Depois que todos estavam do lado de fora, no qual a tempestade já havia passado, João Armando perguntou para o chefe de todos os chefes:
- E agora, Senhor? Quem passou no teste da supervisão?
- Os dois.
- Como assim os dois? Perguntou Jorgov e Armando em coro.
- Com a combinação dos leites Tipo A e Tipo J, Casado entrou em profundo êxtase causando uma ebulição sem precedentes na sua cabeça de jaca. Eu já vi esta cena antes, em outras palavras, vocês dois são possuidores de leites incríveis. Juntos, a nossa central irá prosperar como nunca antes. O segredo do sucesso é o trabalho em equipe e estou orgulhoso de vocês.
João e Henrique se abraçaram.
- Desculpa por tudo, grande amigo! Disse Pingov.
- Iremos revolucionar a central juntos! Disse Armando.
Os dois saíram abraçados e um último raio atravessou o céu.
Fim.
01 - Nardi, o cara da Pegada Forte
Na cidade de Kansas, existia um influente homem chamado Nardi que tinha a fama de ser o cara da pegada forte. Sua fama neste sentido era tão grande que muitos diziam que não existia um cidadão que não tenha experimentado, mesmo que sem querer, da trolha pegadora de Nardi.
Metade dos atores e atrizes de Hollywood, desde os mais belos aos mais feios, teria seus anelzinhos de couro rasgados pelo pegador, mesmo que bem pagos por este incômodo.
Um belo dia, um rapaz chamado Abner, de estatura média e nariz acima da média, parou com seu carro na frente da mansão do Pegada Forte.
- Bom dia, Senhor Pegador. Vim conforme o combinado. Os diamantes estão dentro do carro conforme pediu.
- Muito bem, Abner. Agora preciso que me leve para este lugar.
Ele entregou um mapa marcado com um X para o rapaz de nariz avantajado.
- Mas Senhor! Como te levarei a este endereço se não tem numero?
- E pra que serve este seu enorme nariz? Utilize o seu faro e me leve a este lugar ou o seu borga estará comprometido. Bravejou Nardi.
Os dois amigos entraram no carro e partiram rumo ao local marcado no mapa. Era evidente que as aberturas nasais do Abner entraram nas órbitas e facilmente conseguiu localizar o misterioso local sem número, que era um casarão velho e abandonado. Na porta, uma velha troncuda que tinha um rosto que mais parecia um maracujá de gaveta solicitou que entrassem, e disse em voz baixa:
- Me acompanhem, a encomenda está lá dentro.
Dentro do casarão havia uma escada enorme que dava acesso aos quartos superiores. A velha começou a subir e pediu que a seguisse. O Abner logo sentiu um odor de coliforme fecal que ficou claro que vinha da calcinha da mulher bicentenária que os guiara. A cada lance de escada, Nardi, o Pegador, ficava mais apreensivo e não via a hora de encontrar com a sua “encomenda”. Sua felicidade exalava a cada degrau.
Ao chegarem ao último andar, a velha abriu a porta de um grande quarto e uma bela mulher, de cabelos longos, bigodes a fazer e queijinho nos cantos da boca estava sentada na cama já aguardando os convidados.
- O nome dela é Roberta, disse a maracujá de gaveta.
Nardi adentrou ao quarto na velocidade da luz e rapidamente disse a bela moçoila:
- Levante-se.
A moça de bigodes levantou e sem rodeios o pegador a virou de costas e fez um breve comentário:
- Belo orifício.
Fez mais algumas análises e tascou um beijo em Roberta. Era visível a todos que todo o queijinho do canto da boca da mulher foi transferido para a boca do Pegador.
- Pode entregar os diamantes para a velha, eu vou ficar com a donzela. Disse Nardi para Abner.
Dando pulos de alegria, a bicentenária abriu a porta e se despediu dos forasteiros e da moça que entregara a eles.
Passado alguns meses, o farejador Abner reencontrou o amigo em um bar da esquina. Estava com um aspecto diferente de antes, parecia que realmente gostara da moça e estava dedicando suas pegadas exclusivamente a ela. Porém, após este dia, o bigode e os queijos nos cantos da boca, também passou a ser predominante no velho amigo.
Fim.